Material produzido nas oficinas do GESTAR II -Natal

Querida professora: Aya,

Estou, hoje, postando alguns textos trabalhados pelo meu grupo no Encontro de Natal/RN, incluindo entre eles o meu poema recitado na ocasião, durante a socialização dos trabalhos . Veja-os a seguir.
TEXTO -1

JOÃO GOSTOSO INSOSSA MACABÉIA

SARRADO POUCA CARNE
CHEIROSO SUADA
SUSPEITO MOÍDO DIFERENTE

PIZZA

OLHAR
CAPACETE AVENTAL

CAPACETE-AVENTAL

JOÃO PUXA FERRO MACABÉIA TERRA

JOÃO GASOLINA MACABÉIA FOGO/ÁGUA

JOÃO SUSPEITO MACABÉIA MULTIUSO

SONHOS MULTICORES

JOÇAO GOSTOSO INSOSSA MACABÉIA

JOÃO GOSTOSO TRAGANDO PAISAGEM

MACABÉIA NINANDO FRALDAS

JOÃO GOSTOSO DORME CEDO. MACABÉIA FAZ SERÃO

MACABÉIA/GERALDÃO

MACABÉIA GERALDÃO

MACABÉIA-GERALDÃO

MACABÉIA : ) GERALDÃO

MACABÉIAGERALDÃO

MACADÃOGERABÉIA

MACAGERABEADÃO

SONHOS DE VERÃO.



TEXTO-2

VOCABULÁRIO EXÓTICO


Não era fácil convencer aquele muxuamgo, após a sua volta dos Estados Unidos,que no Brasil os hemeneutas, especificamente, os do Nordeste, já estavam vituperados de tantos perfunctórios, ditados pelos nossos políticos,principalmente,na época de campanhas quando estão a cata de votos.
Sem dúvida, ele só tinha uma preocupação: comentar e vangloriar-se o tempo todo da sua defenestração, na considerada maior potencia econ^mica do mundo – sem sequer comentar sobre o atentado de 11 de setembro.
Em sua apoplexia sentia-se o único sibilino do planeta.
Ignóbias ações, agora, o distanciava do seu verdadeiro país. Nada conseguia desvia-lo do novo uxoricídio. Ele era o melhor entre todos a partir de então. Somente ele era realmente sábio. O resto era falácias.



TEXTO – 3


PESCAR

Desejo passear,caminhar, silenciar, apreciar, sonhar, planejar,
Realizar.
Seleciono, monto, testo,preparo, pratico, lanço, fisgo.
Pego, mato, trato, tempero, acendo, asso.
Comemos, bebemos, nadamos, ficamos, dormimos.
Êta vida besta meu Deus!


Estes textos acima são resultados dos encaminhamentos feitos duarante as oficinas dos TPs 3,4 e 5 e do empenho conjunto do grupo.


TEXTO -4

DESCONFIANÇA

Convém alguém viver
Além da imaginação,
Saciar a fome
Só com café e pão?

Ouvir um rock
Ou música pop
Quando a barriga
Dança o samba
Do crioulo doido?

Vejo crianças em casas simples
Ou em mansões
Que gastam mais horas
Vendo TV do que na escola!

Homens que usam seu tempo
De forma vil
Fabricando programas
Para deturpar ma mente infentil.

Mulheres, primigestas ou não,
Que nunca assumem na vida
Suas paridas.
Há tantos desenganos...
Desencantos camuflados
Em pés de calçadas
Cobertos com jornais!

Enquanto isto acontece,
Milhões de cédulas são gastas
Para banquetear parlamentares
Que discutem
O problema da fome,
De barrigas fartas

Questionam os sem teto
Em belíssimas mansões
E, os “sem terra”
Em fazendas
Que os olhos
Não podem alcançar.

Ainda posso crer
Numa sociedade corrompida
Nos passos sutis
Dos que levam
À luz do dia
Tudo que tenho direito?

Olho-me no espelho
E nele não posso ver-me
Porque sou
A própria desconfiança.

Francisca Lopes