OLÁ, QUERIDA PROFESSORA AYA,
Estou retomando, neste momento, o tempo destinado ao registro das atividades realizadas no período de 21 a 25 de setembro de 2009, no encontro referente a segunda etapa do Gestar 2 , ocorrido no Praia Mar Hotel, em Natal/RN.
É imprescindível destacar que foi de extrema valia para mim e, consequentemente, para os professores com os quais lido na formação continuada uma vez que tornam-se a extenção do seu trabalho grandioso ligado a minha ação junto a eles.
As discursões feitas durante o encontro e a troca de experiências reativaram o processo de apreensão dos conteúdos contidos nos TPs 2,3 e 6 estimulando, desta forma, a construção de textos com base nas atividades propostas.
ATIVIDADE 1
TEXTO COLETIVO
Foi construído a partir do provérbio:" O RATO ROEU A ROUPA DO REI DE ROMA".
O raquítico rato Renato Rocha Ramalho roeu rápida e raivosamente a roupa roxa riscada do renomado e rigoroso rei Ronaldo Rangel Rebouças.
A rainha Raimunda Rejane Rosa de Resende Rangel Rebouças, muito rebelde, rasgou o resto da roupa. O rei Ronaldo reinvidicou, repentinamente, revanche e recomendou raticida para reiar o raquítico rato Renato. Resultado: Reiou-se o rato Renato e o rei Ronaldo e sua rainha Raimunda reinaram radiantes no reluzente e rico reino romano.
( Produção feita pela turma toda)
ATIVIDADE 2
TEXTO ELABORADO EM GRUPO
Escolha um provérbio e construa um texto argumentativo em que a tese seja a moral.
1- Quem tem boca vai a Roma.
2- Devagar se vai ao longe.
3- Mais vale um pássaro na mão do que dois voando.
4 -Antes tarde do que nunca.
5- Quem tudo quer tudo perde.
QUEM TUDO QUER TUDO PERDE
Não se pode deixar que o tempo apague os valores que constituem um caminho para a construção do caráter e do despertar da ética, apoiados pela moral, numa dimensão humana em que o homem - ser social- é acolhido como um cidadão de bem e respeitado no ambiente onde está inserido.
Há muita sedução . As facilidades para viver uma vida de libertinagem e enveredar por lucros fáceis são tão tentadoras que nem sempre a reflexão é tomada como ponto de equilíbrio na hora de se aventurar num determinado negócio ou ação comprometedora. E, por esta razão, muitos jovens estão se perdendo antes mesmo de chegarem ao destino planejado, por acreditarem que viver "livremente" é fazer tudo que pensa e quer sem ter preocupação com as consequencias.
O envolvimento com coisas ilícitas ocorrem por meio de relações e ambientes suspeitos, na maioria das vezes, sem o conhecimento dos pais. No entanto, há situações em que a falta de acompanhamento e a permissividade excessiva, por parte deles, conduzem a quadros degradantes também.
Os pais precisam educar seus filhos buscando resgatar valores que superem os contravalores tão presentes na atualidade para assegurar uma sociedade menos violenta, mais justa e igualitária.
Neste mundo pós-moderno, cabe destacar que a nova geração precisa construir relações estáveis e duradouras, sustentáveis, com base na verdade, lealdade, amizade, afetividade e, acima de tudo, fugir de fáceis soluções para os dilemas humanos, pois nem sempre o caminho mais fácil representa a melhor solução.
Francisca Lopes, Elisiane,Manoel Avelino, Márcia, Virginia
ATIVIDADE 3
O enfoque para este texto foi as variantes linguísticas, partindo das sugestões abaixo relacionadas, após termos visto alguns vídeos e slides.
-Apresentar o slide "Chico , o orador da turma" e a charge " Orador de Direito".
-Relacionar Língua, cultura e práticas sociais; Língua e exclusão.
-Redigir um texto argumentativo abordando essas questões.
NOSSA LÍNGUA EM FOCO
A sabedoria popular,intuitivamente, já nos alertava através do adágio "Quem não cominica se trumbica," que a língua é um instrumento da interação social. Não é possível a comunicação plena sem o uso das linguagens, dentre as quais destaca-se a verbal.
Partindo deste princípio, a língua é um contrato social sincrónico e pragmático que se adequa as diversas situações nas quais o homem se insere.
A pessoa que não compreende esta dimensão está sujeito a sofrer o processo de exclusão.
Embora a língua tenha esse caráter de contrato social, a sua manifestação oral possibilita a presença de dialetos, variantes e estrangeirismos que nos dá oportunidade de interagir com as diferentes manifestações culturais.
A língua imprime o seu papel no processo de interação, diante das diversas circunstâncias que se apresentam os aspectos sociais por meio dos quais ocorrem, muitas vezes, a exclusão dos seres. E, como forma de experimentar a unidade entre os falantes, abre espaço para a inter-relação com outras culturas, sem contudo, perder sua identidade própria.
Vale, portanto, ressaltar que mediante as práticas sociais, viabiliza-se a sua adequação, em momentos específicos, para tornar possível a comunicação.
Francisca Lopes,Elisiane,Márcia, Manoel Avelino e Virginia
Gênero: Ensaio
Suporte:Revista ou Jornal de divulgação científica
ATIVIDADE 4
Esta atividade está realionada ao processo de Alusão e para realizá-la , após ver os slids da obra "O carteiro Chegou", seguimos o enunciado abaixo que nos foi proposto.
Usando o mesmo recurso do livro O CARTEIRO CHEGOU, escreva uma história infantil fazendo alusão a outras histórias.
O CONTO DO CARTEIRO
Certo dia, quando os correios, ainda, não fazia greve, o carteiro selecionou as correspondências que ele deveria entregar naquele dia.
Algumas delas chamaram a sua atenção e o surpreendeu profundamente.
Pôs, cuidadosamente, em sua bolça tais correspondências, pegou a sua bicicleta e pedalou rumo aos endereços já bastante conhecidos.
Pedalou, pedalou,pedalou...
Na primeira parada, após escalar a torre do castelo através das tranças que desciam da janela, observou com emoção, a cara de tristeza da destinatária, decepcionada ao perceber que ele não era o píincipe. Porém, naquele momento , nada podia fazer, a não ser cumprir com o seu ofício, pois já sabia que tudo acabaria bem e ele precisava continuar o seu trabalho.
O segundo destinatário recusou-se a receber sua carta, uma vez que para ele, isto, representava uma atitude própria de adultos e o menino não pretendia, por hipótese alguma, crescer. Diante desta situação, o carteiro preocupou-se tendo em vista que não podia devolvê-la para quem a enviou e tomou a decisão de deixá-la nas mãos de Sininho.
Feita a entrega, resolveu, então, que voltaria pelo caminho do lago, onde encontrou triste e isolado o Patinho que fugira para longe da própria mãe.
Retirou da sua bolça de cartas um envelope plastificado que jogou nas águas mansas do lago, esperando que o interessado lesse a mensagem nele contida e, que revelava a sua vida futura.
Já escurecia! Mas, ainda, havia muito chão a percorrer.
De repente, ouve, vindo de longe, um coro de vozes que cantava: " Eu vou, eu vou, pra casa agora eu vou, ta ra,ra ra, ; ta ra ra ra; ta,ra ra, ra, eu vou, eu vou.
Lembrou-se do envelope branco como a neve, subescrito com tinta carmim.
Pedalou mais apressado até chegar a uma bela casa em miniatura,onde, por baixo da porta, adentrou a referida carta, já que seus moradores não haviam chegado, porque vinham a pé pela estrada da mina, rumo a casinha da floresta e, provalvelmente, quem estava lá dentro dormia cansada pelas tarefas desempenhada durante o dia inteiro.
Suspirou feliz, pois apesar do grande percurso percorrido ele tinha cumprido a sua missão entregando todas as correspondências previstas para aquele dia.
Voltou contente para o seu lar recordando as história ouvidas na sua infância.
Francisca Lopes, Elisiane, Elça Virginia e Manoel Avelino
UM POUCO SOBRE CEARÁ-MIRIM/RN
Ao falar sobre Ceará-Mirim em seu livro "Imagens de Ceará-Mirim," o escritor cearamirinense Nilo Pereira (1969) nos encanta quando nos diz:
Este, é o Ceará-Mirim que amo: o da infância, da primeira mocidade, das tradições que aprendi em família, dos serões românticos, quando tanta coisa se contava. E contava-se tanto, e com tanto amor, que até as figuras que não conheci pareciam animadas dum sopro de vida, falando e convivendo, com a sua linguagem e seus trajes rituais, eles também voltando do seu sono, etéreos e lúcidos, trazendo nos lábios e nas mãos transparentes, como visões fantásticas, a sabedoria do tempo valorizada pela eternidade.
Na verdade, tudo ali é eterno: o homem, as coisas, as reminiscências, os lugares, as pedras, os pássaros, os rios, os caminhos, o verde singular daquele paraiso onde a mão de Deus pairou misteriosa e criadora.
Ao citar Nilo Perira, quero abrir um precedente para mostrar um pouco sobre o folclore e a cultura desta terra do Vale Verde, dos canaviais, da Samnta Padroera Nossa Senhora da Conceição, dos engenhos ( hoje, fogo morto) e de tantas tradições.
AS LENDAS DO ENGENHO TIMBÓ
1. MULHER SERPENTE
Contam os mais antigos que esta lenda teve sua origem no Engenho Timbó.
A dona do engenho era uma mulher muito má que costumava maltratar os escravos que trabalhava para ela.
Para satisfazer a sua crueldade, ela pregava com pregos as orelhas dos escravos na parede e, depois, chamava-os só pra ver o pedaço que nela ficava preso.
Contam ainda, que certa vez, ela estava se balançando na rede e fumando o seu cachimbo, quando caiu sobre ela uma brasa que perfurou seu vestido. Em desespero começou a gritar.
Ao ouvir seus gritos, uma das escravas veio correndo e pegou a tal brasa com as próprias mãos para recolocá-la de volta no cachimbo da sua dona, mesmo sentido as dores fortes causada pela queimadura.
O fato é que quando ela morreu foi enterrada no cemitério Santa Águeda e segundo falam, ela virou uma serpente que ao se mexer dentro da cova rachou todo o túmulo que por essa razão foi gradeado.
O grande receio é que ela destrua todos os estados, dixando intacto, apenas, o Rio Grande do Norte para que governe do seujeito.
2.TIMBÓ A TERRA QUE O BOI FALOU
Os negros que tabalhavam na fazenda do Engenho Timbó viviam sobre o regime de escravidão. Lá não haviam domingos, feriados nem dias santos. Mesmo quando se tratava da Sexta-feira Santa eram obrigados a trabalhar.
Aconteceu que numa certa Sexta-feira Santa o escravo recebeu ordem para ir buscar o boi diamante.
Ao chegar no curral, falou: - levanta diamante.
O boi olhou para ele e disse: - Nem na Sexta-feira Santa tenho descanço.
O homem correu assustado para a casa da fazenda e disse para o capataz o que tinha acontecido. Ele, por sua vez, falou para o pobre que se o boi não repetisse aquilo diante dele, ele iria apanhar de chicote de couro cru.
Chegando ao curral o capataz falou: levanta.
O boi repetiu o que havia dito ao homem: -Nem na Sexta-feira Santa tenho descanço.
Afirmam que a partir deste dia nunca mais ninguém, naquele engenho, trabalhou em dias considerados santos.
3.A LENDA DE EMMA
Em épocas remotas, era comum no Brasil, os filhos dos mais abastados realizarem os seus estudos em outros países. Foi o que aconteceu com Marcelo.
Enquanto estudava na Inglaterra, conheceu Emma uma jovem inglesa com quem se casou.
Depois de casados vieram morar no Vale de Ceará-Mirim. Todavia, Emma possuia uma saúde muito fragil, razão pela qual foi acometida por doenças tropicais, vindo a falecer três anos após vir residir na cidade natal do seu esposo.
Enquanto viveu no Engenho Verde-nasce, subia todas as tardes à colina para contemplar a vista do vale, ao por do sol. Contam os mais antigos moradores da terra, que antes de morrer, ela pediu ao seu amado esposo, para ser enterrada no topo da colina para que podesse continuar contemplando o belo e maravilhoso Vale.
Muitas histórias foram criadas em torno dessa mulher.
Alguns disseram que ela havia sido enterrada na colina, jutamente, com todas as joias trazidas da Inglaterra e que por isto, o seu túmulo foi saqueado diversas vezes por ladrões; outros dizem que, por ela ser anglicana ( de origem protestante) o padre não aceitou e nem permitiu que ele fosse enterrada no cemitério da cidade; outra história relata que a escolha do local do seu enterro deve-se ao fato dela ter sido contaminmda pela lepra, e procedendo a família desta forma, as pessoas da cidade não ficaríam sabendo; a última, que parece ser a mais verdadeira, afirma que, o pároco não queria enterrá-la, de fato, no cemitério com funeral católico, por ela ser anglicana, mas como a família do seu marido era muito rica e influente, ela havia sido enterrada, às escondidas, em um túmulo sem identificação. E, o da colina teria sido feito apenas para esconder a verdade.
Sejam quais forem as versões sobre a sua morte, até hoje, a verdade sobre a vida de Emma é um mistério.
Dizem, porém, que o Vale jamais contemplou amor mais intenso e verdadeiro que o de Emma e Marcelo.
Para representar literatura, escolhi dentre os muitos escritores que a terra fez brotar de suas entranhas, a figura de Juvenal Antunes, poeta que se destaca através dos versos do texto que segue:
ELOGIO À PREGUIÇA
Juvenal Antunes
Bendita sejas tu, Preguiça amada,
Que não consentes que eu me ocupe em nada!
Mas, queiras tu, Preguiça, ou tu não queiras,
Hei de tizer em verso, quatro asneiras.
Não permuto por toda a humana ciência
Esta minha honestíssima indolência.
Está na Bíblia esta doutrina sã:
Não te importes com o dia de amanhã.
Para mim, já é grande o sacrifício
Ter de engolir o bolo alimentício.
Ó sábios, dai à luz um novo invento:
A nutrição ser feita pelo vento!
Todo trabalho humano, em que se encerra?
Em, na paz, preparar a luta, a guerra!
Dos tratados, e leis, e ordenações,
Zomba a jurisprudência dos canhões!
Juristas, que queimais vossas pestana,
Tudo que legislais dá em pantanas.
Plantas a terra, lavrador, trabalhas
Para atiçar o fogo das batalhas...
Cresce o teu filho? É belo? É forte? É loiro?
Mais uma rês votada ao matodouro!
Pois, se assim é, se os homens são chacais,
Se preferem a guerra a doce paz,
Que arda depressa a colossal fogueira
E morra, assada, a humanidade inteira!
Não seria melhor que toda gente,
Em vez de trabalhar fosse indolente?
Nao seria melhor viver à sorte,
Se o fim de tudo é sempre o nada, a morte?
Queres riqueza, glória e poder?
Para que, se, amanhã, tens de morrer?
Qual mais feliz? - O mísero sendeiro,
Sob o chicote e as pragas do coheiro?
Ou seus antepassados que, selvagens,
Viviam, livremente, nas pastagens?
Do trabalho, por serem tão amigas,
Não sei se são felizes as formigas!
Talvez o sejam mais, vivendo em farras,
As preguiçosas, pálidas cigarras...
Ó Laura! Tu te quixas que eu, farcista,
Ontem faltei, à hora da entrevista,
E, que ingrato, volúvel e traidor,
Troquei o teu amor - por outro amor,
Ou que receando a fúria marital,
Não quis pular o muro do quintal.
Que me não faças mais essa injustiça!
Se, ontem, não te fui ver,foi por preguiça.
-Mas, Juvenal, estás a trabalhar!
Larga a caneta e vai domir... sonhar...